Segue um resuminho do podcast #119 The Privacy, Security and OSINT Show, do cara do site Open Source Intelligence
Começa com algumas notícias:
– tem uma versão específica do keepassXC que tem um bug que apaga a base de dados na hora de salvar (!) se tais num Mac e pretendes salvar essa base num volume do veracrypt.
– Tem um novo mercado de fraude digital que é o roubo de impressão digital digital pessoal (digital fingerprint), o que implica em se passar pelo computador e pelos hábitos de navegação de outra pessoa. Os caras tão clonando o jeito que a tua máquina aparece prum servidor. O google não encheria o saco caso um hacker fosse acessar tua conta de qualquer lugar no mundo, pois poderia simular teu ambiente digital.
– SMS bomber. É semelhante ao mail bomber lá dos anos 1990, só que pra SMS. A utilidade desse bombardeio é esconder uma mensagem importante no meio de lixo, como aquele SMS que os bancos mandam quando tu muda uma senha. Se alguém clonou teu celular e pede pra alterar algum dado de um serviço que usa SMS pra mandar avisos, então essa pessoa vai conseguir encontrar o código de autenticação e tu não vais nem saber o que tá acontecendo.
– empregados da amazon ouvem as gravações de áudio da Alexa.
Agora vamos ao tema propriamente dito do podcast.
Sobre descobrir câmeras, o dica do cara, que trabalhou dezenas de anos implantando grampos pelo FBI e hoje está a 12 anos detectando grampos, Tom Gibbons, a dica é comprar uma câmera termográfica (infra-vermelho), pois tudo que está ligado gera calor. Simples assim.
Dá pra usar uma lanterna comum e ver se alguma coisa reflete (a lente da câmera escondida). E levar uma fita isolante para tampar tudo que pareça suspeito.
Para microfone, um detector de rádio frequência pode servir, mas como hoje tem MUITA coisa que emite ondas de rádio, o mesmo detector de calor das câmeras também servem aqui.
Outra forma, é analisar o que está conectado numa rede privada. O exemplo usado é o de uma pessoa que aluga uma casa pelo AirB&B e tem uma câmera gravando tudo. Então, procurar na rede por coisas conectadas pode ajudar a detectar algum e-grampo. O cara sugere o software Fing. Mas teria que estar dentro da rede. E isso não funcionaria num hotel, pois estaria cheio de coisa conectada.
Escanear dispositivos com bluetooth é mais um canto pra olhar.
Surge a pergunta: aquela coisa de ligar TV ou rádio ou a torneira ajuda a “sujar” uma conversa numa sala? Não. Um profissional do grampo consegue facilmente isolar o ruído.
Dicas para quartos de hotel: desligar o rádio-relógio da tomada, ver se os detectores de fumaça são iguais e do mesmo modelo, ver se os chuveirinhos contra-incêndio estão alinhados (devem usar o mesmo cano), verificar a ventoinha do banheiro com lanterna.
Outra opção é trocar de quarto logo que chegar no hotel.